Alhos Vedros em 1922.
Em o Oriente de 5/ 2/ 1922, João Luís da Cruz, à época Administrador do
Concelho, publicou uma lista de melhoramentos para Alhos Vedros, pela qual
podemos deduzir a terra que fomos.
Resumidamente: construir
escola primária de ambos os sexos, novo cemitério, esgotos, estação telegrafo
postal, associação socorros mútuos, posto de socorros médicos anexo a um posto
de socorro de incêndios e uma biblioteca onde se recolham manuscritos, in-fólios,
e outros documentos da Misericórdia e irmandades extintas.
Organizar monografia
descritiva da vila. Destruir pântanos e locais de águas paradas. Fazer mais
poços artesianos. Remodelar paço da venda de carne e peixe. Conservar estradas,
pois estão piores que as azinhagas que vão para as Arroteias. Calcetar largos,
ruas e travessas. Reparar e ampliar o cais e desassorear o rio. Arborizar
baldios dentro da vila. Destruir pardieiros e casas em ruinas, obrigando a
cumprir alinhamentos e estética dos frontispícios. Fazer planta geral da vila.
Proteger e conservar túmulos, estátuas tumulares, lápides e inscrições,
imagens, parâmetros, alfaias religiosas, azulejos, obras de talha e quadros da
igreja matriz e da misericórdia. Preservar com gradeamento circular de ferro o
pelourinho. Instalar repartição do Governo Civil. Fundar cooperativa popular.
Muitas destas intenções
nunca foram concretizadas. As de caracter polítrico e económico nunca o serão
pois estão ultrapassadas. As de caracter histórico e cultural, tudo como
dantes…. Quadros, e outos objectos referidos….sabe-se lá.
O
Oriente.
Abril de 1999.
Abril de 1999.
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