segunda-feira, 3 de junho de 2013

Morrer em Alhos Vedros. 1800-1910


Morrer em Alhos Vedros.
1800-1910


Introdução
Os registos de óbitos contêm informações importantes para conhecer a freguesia e a sua evolução assim como a vida das populações que a habitaram.
A morte e a sua história dizem-nos muito sobre a vida. O modo como se morre, como é encarada a morte e posterior destino do cadáver revelam a vida concreta das pessoas e a dinâmica e movimentos das populações.

Estatística
Ao longo de 110 anos foram sepultados na igreja, no adro ou no cemitério cerca de 2150 indivíduos.
Até 1830 o número de óbitos nunca chegou aos 40 por ano.
Na década de trinta os números dispararam atingindo um máximo de 100 óbitos em 1833. Diminui nos anos seguintes atingindo o mínimo em 1839 com apenas óbitos.
Até á década de sessenta continuará a manter um nível de mortalidade abaixo dos vinte óbitos por ano, por vezes acima desse número raramente acima de trinta.
Em meados da década de sessenta aumenta para mais de trinta óbitos por ano e no final da década para mais de quarenta. Atinge o maior valor em 1898 com 55 óbitos.
Até 1910 apenas em dois anos se registou um número de óbitos inferior a vinte.
Neste período é de especial significado a morte infantil. A morte à nascença ou com poucos dias de vida é relativamente vulgar. Nos casos de gémeos, ou de trigémeos como ocorreu por duas vezes, nenhum sobreviveu. O mesmo se aplica às mães. A gravidez era um risco de vida. Várias são referidas como tendo morrido no parto ou em avançado estado de gravidez. Mesmo se essa referência não é explícita, podemos deduzi-la, quando uma criança morre ao nascer e no dia imediato morre a mãe, ou ao contrário quando morre uma mulher e dias depois morre uma criança filha dessa mulher, por exemplo.
Quando estas situações acontecem é a parteira, o médico ou mesmo outras pessoas que fazem o baptismo.
Até 1860 os registos dizem apenas se os indivíduos são menores não referindo a idade concreta. Confirma-se que 50% dos óbitos se referem a menores, alguns anos bem mais, especialmente nos anos de maior mortalidade os principais afectados são os menores.
Depois de 1860, embora não seja sempre, é registada a idade do falecido. Em termos gerais 25% dos óbitos registados são de crianças com menos de um ano. Pelo menos metade é de crianças que não chegam a fazer os dez anos.
A morte infantil é de tal forma aceite que muitas crianças morrem com dois e três anos de idade e nunca chegam a ter nome. São sepultados como inominados, ou a mãe chamava-lhe Manuel ou Maria, por exemplo. Número significativo entre os óbitos de menores refere-se a expostos de diversas misericórdias, sobretudo de Lisboa.
A partir dos vinte e até aos sessenta anos parece não haver diferenças significativas. Depois dos setenta cada vez menos e com noventa uma raridade.
A falecer com 100 anos encontram-se quatro pessoas.
Já agora a mais idosa foi Mariana Luísa Marques, moradora na Cortageira, que faleceu com 104 anos.

Onde se morre
Neste período o local mais comum de morrer era na própria habitação. Embora na primeira parte do período considerado o padre apenas mencionasse o óbito como tendo ocorrido nesta freguesia, no segundo, começa a registar o local exacto em que acontecia. Assim podemos fazer a lista de ruas e largos dentro da vila e locais, sítios e quintas onde também faleciam pessoas e portando locais habitados.
Na vila são referidos óbitos na rua Direita, rua do Castelo, rua da Cadeia, rua do Pinheiro, rua do Vale, rua das Parreiras, rua do Tinoco, rua do Poço de beber e rua da Igreja. Os largos da Marquesa, da Igreja, da Graça, do Porto, do Tinoco, do Poço, do Castelo e a travessa da Pontinha. Nas quintas Vale da Amoreira, Lagoa da Pega, da Micaela, da Bela Vista, Santa Rosa, Vale de Grou, Manhosa, Rego de Água, Cortageira, Alagoa, Vale do Romão, Fonte da Prata, São Pedro, do Matão, do Migalha e da Graça. Em locais referidos como sítios, como seja da Ratinha e do Ribeiro. Nas fazendas como seja a Cambaia, do Quinteiro, do Mata Castelhanos, de Água Doce, do Inglês, do Tujalheiro, da Chouriça e do desembargador Esteves. Em locais como a Cruz das Almas, o porto da Romagem, Juncal, Casal do Vargas, Alto do Moinho, os Brejos, Fonte de Feto, Cabeço Verde, Alto do Cabeço, pinhal da Moita, pinhal da Pancada e também em locais indeterminados, referidos como no campo ou como arredores desta vila. Na própria casa são referidas a casa do Conde, o Moinho Novo, a casa da Estação do C. F. e a casa da guarda do C. F.
De maior relevo pelo número de óbitos ocorridos, são os locais da Barra Cheia, das Arroteias e do Quadrado. Também a Telha é referida pois fazia parte da freguesia.
De modo geral morria-se em todo o lado. Morria-se na igreja, tanto por morte súbita, como por serem para lá levados na iminência da morte. No hospital, sobretudo os mendigos e as pessoas que vinham doentes com destino ao hospital de São José. Na rua onde por vezes as pessoas eram encontradas mortas e pelas mesmas razões no adro da igreja e no barco onde trabalhava, nas fazendas, nas marinhas e até na prisão.
Os mendigos ou apareciam mortos no hospital ou andava mendigando e se achou morto.

Como se morre
Os acentos de óbito eram sobretudo um documento religioso em que o padre registava se o falecido tinha cumprido os preceitos definidos pela igreja, ou seja, se tinha cumprido os Sagrados Sacramentos a Extrema-unção e o testamento. Quando estes preceitos não são cumpridos o padre justifica-os.
As primeiras eram muitas vezes cumpridas, já a última raramente. Assim o acento nada diz se cumpre todas as formalidades. Em princípio seria uma situação esperada, morreu porque tinha de morrer.
Já quanto à situação de falta de Sagrado Viático, confissão ou testamento o padre ao justifica-lo dá-nos o motivo da morte.
Na maioria dos casos diz simplesmente que morreu de repente, ou repentinamente, por morte instantânea ou ainda por doença indeterminada, ou porque não fui chamado a tempo.
Noutras situações diz que o defunto não recebeu o Sagrado Viático por estar pateta, e sem juízo perfeito, pela muita idade que tinha. Ou por moléstia repentina lhe tolher a fala. Ou por moléstia a privar dos sentidos.
Noutras situações dá a causa da morte. Assim podemos fazer a seguinte relação de morte causada por doença: pneumonia, diarreia, cirro no estômago  duma cólica, abcesso no braço, anginas, sífilis, pneumonia dupla, perniciosa, duma anazurca, perniciosa por congestão, pneumonia aguda, gemidos profundos, dum garrotilho, moléstia, apoplexia cerebral fulminante, congestão pulmonar, infecção purulenta, hemorragia umbilical, lesão cardíaca, febres intermitentes, bexigas, varíola confluente, enterite, de parto, febre puerperal, tifo, febre tifóide, congestão cerebral, tuberculose pulmonar, moléstia repentina que lhe sobreveio sobre o parto, em adiantadíssima gravidez, moléstia rápida lhe torcer a fala ficando em um espasmo de que morreu, não pode receber o Sagrado Viático por causa de uma grande enfermidade de garganta de que morreu.
Também por doença acabam por falecer em Alhos Vedros indivíduos oriundos de outras regiões do país, especialmente do sul, com destino ao hospital de S. José. Alguns em tão miserável estado que morrem pelo caminho. Outros como o caso de uma mulher parda remetida de Palmela,… chegou sem fala e agonizante.
Outra situação comum provocadora da morte eram os acidentes. Vejamos alguns: morreu afogado frente ao Moinho Novo, afogado no sítio da Prainha, achado morto de uma queda que deu, ter levado na cabeça um coice de cavalo, pancada que lhe deram na cabeça, se achou morto nos Brejos vítima de acidente, faleceu pelo atropelamento que lhe fizeram uns bois, encontrado violentamente morto, morreu quando estava banhando-se, de uma hemorragia causada por ferida pulmonar com arma de fogo por desastre, morte violenta com arma de fogo, por submersão num charco, por feridas profundas, desastre esmagado pelo comboio, faleceu debaixo da máquina do comboio, afogado no poço da horta do Conde de Sampaio, apareceu morto no pinhal da Pancada.
Caso único ocorreu em 1871, em que morreu violentamente em sua casa nas Arroteias, Francisco Alves Ratinho. No mesmo dia foi encontrado morto violentamente, um mendigo na casa dos 60 anos, mais ou menos, na casa de Francisco Alves Ratinho. Percebe-se…
Em 1816 deu-se o seguinte caso: um homem que foi achado morto afogado pelas águas do mar na ponta de uma das coroas ou morraceiras do rio desta vila cujo corpo tinha sinais de ser Católico Romano por se lhe achar em uma das algibeiras da jaleca que tinha vestida uma lâmina pequena quadrada com vidros e de estanho com as imagens de Nossa Senhora e tinha uma argola pequena amarrada com uma pedra encarnada riscada em uma orelha, e estava vestido com uma jaleca de saragoça e com colete de pano azul já velho com botões amarelos e calças de baetão alvadio também já velhas com remendos nos joelhos e botas calçadas de duas costuras tendo já a cara e cabeça descarnados sem se poder conhecer quem era.
Já em 1907 apareceu também morto um indivíduo, na morraceira da Gorda, desconhecido 1,65 m de altura, forte 22 a 24 anos, cabelo castanho, calça preta remendada, por dentro outra de ganga, camisa de pano-cru, colete de cotim aos quadrados, sem barba nem bigode, em mangas de camisa, na algibeira do colete um lenço de mão branco com as iniciais J.C.
Em 1908 apareceu morto junto à estação de caminho-de-ferro da Moita um desconhecido que faleceu repentinamente, devendo ter 36 a 40 anos, tamanho regular bigode preto, calvo, casaco de burel entremeado com fios brancos, camisa de riscado.

As epidemias eram nesta época motivo para morte generalizada nas famílias, como foi o caso de duas famílias, oriundas de Arazede, que no início do século XIX se fixaram na quinta do Matão. Entre Setembro e Dezembro faleceram nove pessoas, sendo seis menores. Em Março do ano seguinte outro indivíduo da mesma família foi encontrado morto no local.

O mesmo se verifica noutras situações, incluindo na vila, Barra Cheia ou Arroteias, quando morre uma pessoa, morrem várias, da mesma família ou moradores próximos, em poucos dias ou semanas. Era vulgar um casal sepultar os dois e três filhos em poucos dias.

Profissões
Por vezes os acentos de óbitos registam também a actividade profissional dos defuntos, ou dos pais caso estes sejam menores. Assim podemos dizer que na vila se concentravam as principais actividades profissionais e económicas em oposição aos outros locais da freguesia, sobretudo Arroteias e Barra Cheia onde se encontram basicamente actividades relacionadas com a agricultura.
Actividades profissionais na vila: trabalhador, sapateiro, negociante, fabricante de algodão, vendilhão, empregado público, marítimo, padeiro, fazendeiro, parteira, médico, cirurgião, moleiro, criada de servir, criado de servir, serviços domésticos, proprietário, empregada no governo de sua casa, lojista, mendigo, costureira, jornaleiro, empregado do caminho-de-ferro, militar, almocreve, pedreiro, negociante, carniceiro, cigarreira, forneiro, alfaiate, cutileiro, vendedeira ambulante, lavadeira, barqueiro, capitão reformado, ferreiro, carreiro, guarda do caminho-de-ferro, cocheiro, corticeiro, vendedor de bilhetes de lotaria, oficial de diligências, contratador e vendedor de gado, assentador de linha férrea, guarda-freio, capataz do caminho-de-ferro, soldado, criado de padaria, carpinteiro, estudante, contra mestre de fábrica, caldeireiro, fogueiro, escrava, ama-de-leite e taberneiro.
Nas Arroteias temos; trabalhadores, fazendeiros, empregado dos serviços agrícolas, campina, proprietário, empregada no governo de sua casa, empregada nos serviços do campo, jornaleiros, serviços domésticos, galinheiro, ocupação agrícola, cantoneiro, vendedor ambulante de azeite, criada de servir e ama-de-leite.
Na Barra Cheia temos; trabalhadores, fazendeiros, empregado dos serviços agrícolas, proprietários, empregada no governo de sua casa, serviços domésticos, empregada nos serviços do campo, jornaleiros, ocupação agrícola, criada de servir e ama-de-leite.

Origem dos falecidos
A origem das pessoas que neste período faleceram e foram sepultadas em Alhos Vedros é diversa. A grande maioria é natural de Alhos Vedros como se compreende, mas também das localidades próximas, como Moita, Lavradio, Coina, Sarilhos Grandes, Paio Pires, Palmela, Setúbal, Pinhal Novo, Montijo, Azeitão, Palhais, Sesimbra, Amora, Sacavém e obviamente Lisboa.
De origem mais afastada encontramos pessoas de vários pontos do país, especialmente do norte. Vejamos a seguinte lista; Reguengos, Ovar, Beira Alta, Santarém, Cadaval, Beira Baixa, Braga, Alcobaça, Torres Novas, Fuzeta, Gouveia, Ilha Terceira, Ilha Graciosa, S. Pedro do Sul, Vouzela, Leiria, Oeiras, Gois, Figueira da Foz, Óbidos, Cadima, Arazede, Mira, Tocha, Coimbra, Cantanhede, Valadares, Alvaiázere, Runa, Arcozelo, Caldas da Rainha, Aveiro, Tomar, Boliqueime, Figueiró dos Vinhos, S. Mamede, Alvito, Tábua, Vila Franca, Viseu, Caminha, Viana do Alentejo, Vendas Novas, Pias, Arouca, Ourém, Mealhada, Oliveira de Frades, Alenquer, Monte Mor o Velho, Canas de Senhorim, Monte Mor o Novo, Alcobaça e Abrantes.
Encontram-se ainda indivíduos de origem estrangeira como Espanha, Inglaterra, Irlanda e Angola.

Enterro e Preço
Até 1880 as pessoas eram sepultadas dentro da igreja, onde algumas famílias tinham covais próprios, pagando 480 reis e as crianças metade desse valor.
No adro da igreja, pela quantia de 240 reis e as crianças metade.
No cemitério junto da igreja eram sepultados os pobres que não tinham meios para pagar.
Depois de 1880 os enterros passam a ser efectuados no cemitério pagando 500 reis os adultos e as crianças 220 reis. Os que não podiam pagar tinham sepultura gratuita. Agora passa-se a diferenciar os que são sepultados de caixão à cova e os de corpo à terra.
Algumas pessoas passam a ter jazigos. Em dois casos são depositados no jazigo em urna de chumbo.
Vestígios destas primeiras sepulturas restam dois ou três casos no cemitério.

As cerimónias fúnebres também se diferenciam. Alguns, muito poucos, são sepultados com todas as pompas, outros tiveram um enterro decente, a maioria, quase todos, foram sepultados.

Apelidos e alcunhas em Alhos Vedros. 1800-1910-


Data Nome Idade Natural. Morada
7-6-1800 José Agapito A. Vedros
18-6-1801 João Rodrigues Romane A. Vedros
29-Out João Picão A. Vedros
23-Dez Mariana não perca Quinta da Bela Vista
Rita não perca
3-2-1802 Vicente Reymão A. Vedros
19-Jun Antónia Novilha tinha vindo á poucos dias o à poucos dias Tumilha. Espanha Monforte. Elvas
07-Set Manuel Feliciano de Gamboa A. Vedros
14-Set Bartolomeu do Rio A. Vedros
30-Out Clara do Anjo da Guarda Santa Rosa
6-2-1803 João Rodruigues Rascão A. Vedros
02-Nov Tomásia de São José A. Vedros
12-Nov Manuel António o repolho nunca quis dizer de onde era nem quem eram os pais
30-Nov Francisco José o carrapato A. Vedros
03-Dez Severina da Atalaia A. Vedros
3-1-1804 Maximiano Henrique de Sousa Freire Dohrman A. Vedros
12-Fev Ana Rosa da Assunção minha escrava preta em minha casa
07-Mar Catarina do Pilar A. Vedros
11-Out Domingos Calote A. Vedros
26-Out Gaspar da Lança A. Vedros
02-Dez Manuel Pereira Liria A. Vedros
3-1-1805 Antoónia da Mota de Santa Boa ventura A. Vedros
02-Jul António Moreira de Sena Rosa e Barbuda A. Vedros
26-Ago Antónia, que por sobre nome não perca F. da Prata
09-Nov António José o rico fazenda do sítio do Forno do Vidro
6-3-1806 Francisco Ventura o bisco
07-Mai Vitória, por sobre nome não perca Santa Rosa
10-11-1807 Raimundo José Coitinho A.Vedros
27-3-1808 António Galeguinho A.Vedros
14-Jun José Rodruigues Rascão Santa Rosa
25-Ago Joaquim de alcunha o Coimbra mendigo
16-Out Joaquim Rodrigues Guialheiro na sua fazenda da Água Doce
10-Nov José da Rosa, o torneiro A. Vedros
13-7-1809 João , Engeitado
22-Ago Francisco José o Campote de alcunha
10-12-1810 um caramelo que se chamava segundo dizem algumas pessoas da sua terra Domingos da Cunha o bixo
3-6-1813 António Mendes o Bronze Cadima F. Prata
16-Jun José Joaquim o Caraça
9-10-1814 Manuel dos Santos o Petinga
8-9-1815 João Pereira o Passarinheiro
10-Jun José Joaquim o Manga
6-2-1816 Custódio Domingos de alcunha o Defuntos
12-Fev Manuel dos Santos de alcunha o Fatia
9-2-1821 Francisco Ventura por alcunha o Pisco
Maria Ervanária
24-5-1826 Filipe Francisco Serrador
02-Ago João Rodrigues Sanção
02-Out Caetano preto
18-6-1833 Teresa dos Santos viúva do Bogio
26-7-1834 Miguel Alvito Espanhol
15-91843 António Cartarinho
17-11-1848 João Palheiro
20-Out António Marques Borda d' Água
6-7-1849 Manuel Bilhó B. Cheia
24-12-1852 João dos Santos vulgo o Surraipa
13-2-1855 Joaquim por apelido o Malteza
18-8-1858 Manuel Fernandes Estaca
02-Fev Pedro Panelas
19-10-1859 Francisco Moreira Bonzão
31-10-1860 Tomé Ribeiro Chula Brejos
8-1-1866 Francisco Roquinho Mira B. Cheia
08-Mai Joaquim Marinheiro 50 anos A. Vedros A. Vedros
14-5-1867 Ana Borda d`Água Mira Cortageira
30-Jun Manuel da Costa Reis, Vendilhão A. Vedros
05-Jul Luís Alves, Tendeiro A. Vedros
30-11-1967 José Marques Protásio B. Alta Manhosa
11-Out Manuel Ratinho Lopes Quadrado
25-Out Francisco Lopes Carvalheira
06-Dez Manuel Lagoa
4-1-1868 António Gomes Carvalheiro
31-Jan Ana Marques Feiteira Cadima F. Feto
08-Ago Maria de Miranda Rainha Mira B. Cheia
25-Out José Mendes Barreto Cadima B. Cheia
08-Set Manuel Lopes. Pinho Arroteias
26-Set Manuel de Pinho Arroteias
5-1-1869 Joaquim da Cunha Nabão A. Vedros
29-Mai Manuel Domingues Ramalheira Mira Arroteias
18-Jun Francisco Fernandes Sardão Cadima B. Cheia
24-Jun Manuel dos Santos Fradinho Cadima Arroteias
20-Jul João José Milhano 86 anos A. Vedros A. Vedros
Silvestre José Tanoeiro A. Vedros  A. Vedros
31-Jul Manuel Mendonça Jaco A. Vedros
12-Dez Manuel dos Santos Gaiteiro 5 dias A. Vedros Barra Cheia
20-61871 Francisco Alves Ratinho Arouca Arroteias
02-Ago José Marinheiro A. Vedros Pinhal da Moita
19-12-1872 António Canastra Tocha Quadrado
20-1-1873 Ana dos Santos Quatorze Manuel Francisco Quatorze
08-Fev Manuel da Costa Rei Arganil A. Vedros
16-Out Manuel João da Torre Passos de VilariguesArroteias
18-2-1874 Rosa Craveira  Ovar Arroteias
20-Jan Maria Caramela
08-Mar Manuel Gomes Padre Nosso Mira B. Cheia
13-Mar Francisco Ramião Tocha Arroteias
07-Abr Manuel Francisco Machaqueiro A. Vedros
Ana Machaqueiro A. vedros
08-Mai José Francisco Pandeiro Mira Arroteias
20-3-1875 Joaquim Teixeira Palaio Sernadinha Arroteias
19-3-1876 António Rodrigues Bicho Lisboa A. Vedros
16-Dez Maria Caramuja Colmeal. Góis. B. Cheia
José Caramujo
07-Ago Manuel do Vale (vulgo Patronilho)
22-Dez José fFrancisco da Assuncão, Carpinteiro Moita B. Cheia
20-Dez António Gomes Regra Arazede C. Verde
20-4-1877 José Jorge Corticeiro A. Vedros B. Cheia
18-Mai António Escumalho Moita A. Vedros
20-Mai Antónia Gomes Negra Cadima Arroteias
06-Ago Tomé Gomes, vulgo o Padre Nosso 49 anos Moita B. Cheia
27-1-1878 Maria Palmeloa Rego d`Água
26-Jul Joaquim Policarpo da Cruz A. Vedros Arroteias
Policarpo da Cruz Tocha Arroteias
7-1-1879 José Gomes Cavalheiro Cadima A. Vedros
António Gomes Cavalheiro
12-Mar António Gomes Alvarelha A. Vedros A. Vedros
18-Mar José Zanare Toxa Arroteias
Francisco Zanare Toxa Arroteias
05-Mai José Joaquim im o Caraça A. Vedros A. Vedros
05-Mai José dos Santos graudo A. Vedros Arroteias
08-Jul Manuel Tavares Alagoa Mira fazenda da Alagoa
14-Ago Isidro Cordeiro, Almocreve Palmela A. Vedros
09-Mai António dos Santos Rei Moita Arroteias
28-Dez José de Jesus Frade Cadima Arroteias
11-12-1882 Manuel Vale Petroninha Mzª Coimbra B. Cheia
4-5-1883 José Ribeiro Sol Posto Cadima B. Cheia
01-Jul Filipe José Muchano A. Vedros A. Vedros
24-Jul José Carniceiro A. Vedros A. Vedros
12-Set Francisco Coxo digo Francisco Algarvio 60 e tantos Algarve A. Vedros
19-2- 1884 Manuel Ratinho. Quadrado
18-Ago Maria Miranda a Caramuja 61 anos A. Vedros B. Cheia
João dos santos Botas
12-Jun Maria Delgadinho B. Cheia
24-Jul Manuel Nogueira Alfaiate Moita C. Verde
6-6-1885 Manuel Rodrigues Pinheiro (o Galinha)
14-3-1886 José dos Anjos loirinho Mzª Arroteias
12-Mai Joaquim dos Santos Padre Nosso B. Cheia
04-Out Rosa Morilhas B. Cheia
26-Nov Manuel Rodrigues Ramalheiro Beira A. Vedros
23-1-1887 Maria Pimpona 70 anos Ovar B. Cheia
20-Ago Manuel Sapatão B. Cheia
16-Out José Botas B. Cheia
29-Jul José Gonçalves Frejão Arroteias
18-1-1888 Ana dos Santos Delgadinho 60 anos A. Vedros
09-Jul José Gonçalves Feijão A. Vedros A. Vedros
08-Set Pedro Batatão Reguengos A. Vedros
02-Nov Manuel Fernandes Maltez Arroteias
28-Jun António José Falcão A. Vedros B. Cheia
11-Set Policarpo da Cruz 76 anos. 24-12-1895 Cantanhede Arroteias
11-11-1889 António Cardoso o cantante 88 anos Arazede Arroteias
01-Dez António Francisco Miguel António Sorna A. Vedros B. Cheia
11-Dez Joaquim Nabão 70 anos Cadima A. Vedros
16-Dez Maria de Jesus Maria Pisueira
13-2-1892 Antónia Domingues Manata 100 anos B. Cheia
03-Out Manuel da Silva Pato Santarém
11-10-1893 Maria Bronze 85 anos A. Vedros Arroteias
30-Nov Francisca do Arrais
22-2-1895 Maria de Miranda mais conhecida por Maria Morcela
19-Mar José de Almeida. José Botas 100 anos Mira B. Cheia
09-Abr Antonio Jorge. António Canas 30 anos Tocha Quadrado
11-Jun Rosa da Costa mais conhecida Rosa Morilhas Tocha
6-3-1896 Joaquim Costa Morilhas Tocha
13-Mar Pedro José Milhano
28-Ago João Francisco Miguel João Sorna
16-Set António Tavares Alagoa 84 anos Manhouse Vale do Romão
15-4-1897 José dos Santos.  José Valério. 75 anos A. Vedros A.Avedros
15-Abr José Maria o Bonecro 44 anos A. Vedros A. Vedros
15-Set Jorge da Costa o Belatinhas 58 anos Moronhos A. Vedros
02-Dez José de Oliveira Gonçalinho 65 anos A. Vedros
28-41898  Salvador dos Santos (Canas) Arroteias
30-Abr António de Pinho (Lavrador) A. Vedros
07-Mai João Marques Estaca
26-Out António Pássaro
18-Nov Manuel de Pinho 75 anos Arroteias
mais conhecido por Manuel Pardilhas o Lavrador
09-Dez Joaquim José. Joaquim Pentiço. Lavradio Casa da guarda. C.F.
8-6-1899 José Rodrigues ou José Ligoligo 60 anos A.Vedros A. Vedros
04-Jan José Cordeiro. José Bailão Barreiro A. Vedros
29-Mar Joaquim Sérgio de Oliveira o Guizo A. Vedros
29-Abr José Barreto Manço 76  m ou m Cadima B. Cheia
01-Mai Alfredo mais conhecido por Bino Simões
20-Jul Bento dos santos.  Bento da Rita
20-Jul José Rodrigues Pessoa mais conhecido por José Má cara 50 anos Alhos Vedros
07-Ago Silvestre de Oliveira.  Silvestre Bonzão
16-Ago Manuel dos santos Fatia 69 anos Cadima A. Vedros
17-Ago António Tomé de Almeida.  António Tarouca
11-Nov António Cardoso mais conhecido por António Cardoso Cantante  88 Arazede A. Vedros
30-04-1900 José da Rocha Miranda. José Carniceiro. 60 m ou m Moita Arroteias
04-01-1900 Joaquim Negrinho Caparica
08-Ago Jo´se Jorge Carreira 78 anos Cadima Cortageira
21-Out Manuel Jorge Carreira 32 anos A. Vedros Cortageira
20-Nov  José Guilherme. José Polaina.
22-Dez José Francisco de Oliveira. José de Oliveira Velho 74 anos Coimbra Arroteias
Ana da Cruz mais conhecida por Ana Matias
15-01-1901 António da Costa Saldanha ou António João Saldanha 50 m ou m Lisboa
Emília Rosa da Saude como aqui é conhecida escusa-se a fornecer elementos precisos
09-Mar António das Neves Oliveira mais conhecido por António Carapuça
21-Jun António dos Santos ou António dos Santos Quadrado Cadima Quadrado
19-Set Manuel João dos Reis mais conhecidoncomo Manuel Ratinho Patinho
08-Nov António de Pinho mais conhecido como António Lavrador 70 anos Ovar B. Cheia
15-Dez João dos Santos mais conhecido como João dos Santos Botas 76 Mira B. Cheia
24-Dez António dos Santos mais conhecido como António dos Santos Romião omião Mira B. Cheia
21-Jun Augusto de Sousa mais conhewcido como Augusto Carulha
21-Jun Manuel Cordeiro mais conhecido como Manuel Carapinha
24-Dez José dos Anjos mais conhcido como José dos Anjos Loirinho
24-Dez Joaquim da Cunha mais conhecido como Joaquim Nabão
21-3 1903 Luís António mais conhecido como Luís António Palmelão 62 A. Vedros Migalha
14-Abr José Rodrigues Santos Pessoa mais conhecido como José das Cavalas
18-Jul José dos Santos mais conhecido como José Caxucho 68 anos Mzª Lx A. Vedros
09-Set Luís Gomes Nogueira mais conhecido como Luís Alfaiate
12-Set João dos Santos mais conhecido como João dos Santos Vitorino Nina
05-Nov Domingos Alves mais conhecido como Domingos Ovelha B. Cheia
17-Nov Maria Marinheira como é conhecida
08-06-1904 Tomé dos Santos ou Tome dos Santos Curado 70 anos A. Vedros Arroteias
30-Jun Pedro José. ou Pedro José salustiano
30-Jun Maria dos Anjos mais conhecida como Maria Pinheiro
14-Out Maria de Jesus ou Maria Pisueira
22-Fev Francisco Ribeiro Ratinho ou Francisco Roquinho B. Cheia
04-Mar Joaquim Marques dos Santos. Joaquim Coentro Palmela B. Cheia
24-05-1906 Gabino dos Santos ou Bino dos santos B. Cheia
12-02-1907 José Luís Bica 85 anos Mira B. Cheia
01-Ago Manuel Fernandes ou Manuel Fernandes Maltez 70 anos Moita Arroteias
10-01-1908 Manuel Faquinha A. Vedros Arroteias
27-Jul José do Carmo Bexiga 90 anos Cuba Casa da Guarda C.F. Km 3
15-Jun José Picanço Arroteias
13-11-1909 Sebastião dos Santos Ervilha 82 anos Mzª Lisboa A. Vedros